Viagem
Dos anéis de Saturno
Aos gases de Júpiter e Urano
Busco os mistérios dos buracos
negros
Entre incontáveis estrelas do
firmamento
Na energia do Sol e de Andrômeda enigmática
Se igual à distância de Sirius à
Capela
Uma equação insolúvel
Para uma inteligência comum.
No presente de Marte
O futuro do planeta azul
Do calor de Mercúrio e Vênus
À gélida solidão de Netuno
E Plutão como coadjuvante
Arrastado para a insignificância
Pela prepotência de pseudo-sábios.
Perseguindo um cometa
Meu pensamento se arrasta
Pelas desconhecidas órbitas anelares
E como num sonho surrealista
Minha alma não se conforma
Com a terrena realidade.
Fugir é a tônica de ser simples
Buscar novos campos imaginários
No infinito espaço, um palco
Para nossa arte sensorial.
Pensamento que viaja e extrapola
Mesmo a voz da razão
Levar-nos ia a aprender novas
verdades
Que a nossa insanidade egoísta
Empala e empobrece o espírito
Deixando marcas indeléveis no tempo
De nossas vidas insossas
Que tão efêmeras são em comparando
Com a eternidade do Universo sem fim,
Que se quiséssemos poderíamos trazer
Para dentro de nós.
Desde que nossas mentes inférteis
E ocupadas no delírio do ter
Estivessem em comunhão com a simples
idéia
Da existência de Deus.
Vieira